sábado, 9 de abril de 2016

Pericondrite

Pericondrite


Pericondrite é definida como uma infecção que acomete o tecido conjuntivo que envolve a cartilagem do pavilhão auricular, canal auditivo, ou ambos.
cartilagem é o tecido espesso que confere forma, entre outros, ao nariz e ao ouvido externo. Essa cartilagem e recoberta por um tecido conjuntivo, denominado pericôndrio, responsável por nutrir o tecido cartilaginoso.
Esta afecção comumente é causada por lesões no ouvido, que podem ser causadas por cirurgias no pavilhão auditivo, picadas de insetos, furúnculo, esportes de contato físico, ou em casos de perfuração da cartilagem para colocação de piercing. Nesses casos, há a contaminação bacteriana do local, sendo a bactéria Pseudomonas aeruginosa a mais comumente observada em casos de pericondrite.
Dentre os fatores que contribuem para o desenvolvimento de pericondrite estão: a escassez de tecido subcutâneo entre a cartilagem e a pele e a diminuta irrigação sanguínea da cartilagem auricular, deixando-a mais predisposta ao desenvolvimento de infecções bacterianas. Esta infecção ocorre com maior frequência em indivíduos com o sistema imune enfraquecido e que possuem diabetes.
As manifestações clínicas da pericondrite incluem:
  • Vermelhidão;
  • Inchaço do pavilhão auricular;
  • Febre;
  • Acúmulo de pus entre a cartilagem e o pericôndrio. Em certos casos, o pus interrompe o fornecimento de nutrientes à cartilagem, destruindo-a gradativamente e, ocasionalmente, resultando em deformação da orelha (casos mais severos).
O diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicas, juntamente com o histórico de traumas na orelha.
O tratamento envolve o uso de antibióticos, que podem ser administrados via oral ou por via intravenosa, dependendo da gravidade do quadro. Nos casos mais graves, quando há o aprisionamento de pus na lesão, a cirurgia pode ser necessária. Neste caso é feita uma pequena incisão e, por conseguinte, o pus é removido. Nos casos de maior gravidade, quando há a deformação da orelha, partes da mesma talvez precisem ser removidas, sendo útil a realização de cirurgia plástica para devolver uma aparência normal à orelha.
Fontes:
http://www.merckmanuals.com/home/ear_nose_and_throat_disorders/outer_ear_disorders/perichondritis.html
http://ent.about.com/od/entdisorderspr/a/Perichondritis.htm
http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=161


DERMATITE DAS FRALDAS

DERMATITE DAS FRALDAS


Sinônimo: dermatite amoniacal, assaduras
O que é?
É a irritação na pele causada pelo contato com a urina e fezes retidas pelas fraldas e plásticos. Pode surgir infecção secundária causada por cândida ou bactérias. É possível que algumas bactérias tenham uma ação sobre a urina, decompondo a uréia e aumentando a ação irritativa.
Como se desenvolve ou se adquire?
Pelo contato prolongado com a urina e as fezes do bebê, ou pacientes adultos com incontinência urinária e fecal. A urina possui uréia que se transforma em amônia, substância que provoca irritação. A pele molhada também pode causar fricção contra a fralda e permitir o crescimento de bactérias. Este tipo de dermatite ocorre tanto com o uso de fraldas de pano ou descartáveis.
O que se sente?
Nas dermatites leves, é observada uma vermelhidão de pele, com descamação, aspecto brilhante e, eventualmente, com pontinhos elevados (pápulas). Ficam restritas às regiões cobertas pelas fraldas. Em irritações moderadas, as lesões são mais profundas, ficando com uma cor violácea e áspera.
O caso agudo inicia-se geralmente entre o primeiro e o segundo mês de vida. As lesões são localizadas nas áreas de fraldas, face interna das coxas, nádegas e glande ou vulva.
Como o médico faz o diagnóstico?
A diagnose dá-se pelo exame clínico das lesões.
Como se trata?
O tratamento é baseado na higiene da área da fralda. Friccionar a pele no momento da limpeza e o uso de lenços umedecidos devem ser evitados para não alterar a composição normal da pele, levando ao início das assaduras. As trocas das fraldas devem ser freqüentes. Em caso de fraldas de pano, o sabão em pó e amaciantes devem ser evitados na lavagem, é preferível o sabão neutro (glicerina ou coco).
Deixar o bebê o máximo possível de tempo sem fraldas e expor a região ao sol também são indicados. No caso de processo inflamatório intenso, pode ser usado corticóide tópico. Se há infecção por cândida, é utilizado antimicótico tópico. A pomada também tem um papel importante, pois simula a função natural da pele ao formar uma barreira protetora contra os agentes irritantes e microorganismos.
Como se previne?
O leite materno tem anticorpos que podem defender os nenês amamentados contra a infecção. Manter a pele limpa e seca, especialmente nas dobras e sulcos; trocar freqüentemente as fraldas; usar sabonetes suaves e deixar a pele do bebê exposta ao ar fresco sempre que possível são algumas maneiras de prevenir a dermatite de fraldas. 
Fonte: https://www.abcdasaude.com.br/dermatologia/dermatite-de-fraldas