terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dor Orofacial

Dor

A espécie humana convive com a dor desde seu surgimento.

A dor é a percepção de uma experiência sensitiva extremamente desagradável para qualquer ser humano. Porém, sua função é fundamental para a sobrevivência da espécie, pois alerta o cérebro, e conseqüentemente todo o organismo, de que existe um agente, interno ou externo, que está prejudicando seu funcionamento normal.

Como ela aparece:

A dor surge quando o organismo sofre uma agressão ou lesão e reage através de um processo chamado reação inflamatória aguda, que busca proteger o local agredido e limitar seu efeito negativo àquela região, emitindo, ao mesmo tempo, uma espécie de sinal geral de alerta.

Os causadores desse processo podem ser, por exemplo:

- um corte na pele;
- uma contusão na perna ou no braço;
- queimaduras solares;
- doenças internas, produzidas pelo próprio organismo, tais como processos reumáticos ou mesmo alérgicos.


Frente a situações de risco, como as enumeradas acima, nosso organismo produz uma série de reações em cadeia, de alerta e proteção, facilmente identificável no local da lesão, pela presença de:

- dor;
- vermelhidão;
- inchaço;
- calor;
- problemas na função.


A dor, especificamente, aparece, pois, no local afetado, encontram-se as terminações nervosas, preparadas para captar esses estímulos e transmiti-los, através de todo o Sistema Nervoso, até o cérebro, que interpreta o sinal como dor e determina sua intensidade. O cérebro então envia uma mensagem para todo o organismo, através do Sistema Nervoso, de que algo errado está acontecendo, e logo todo o organismo torna-se sensível. Se o trauma persistir, o cérebro aumentará a velocidade e a intensidade dos sinais dolorosos enviados para todo o organismo, que ficará mais sensível ainda, alcançando a chamada sensibilização central, fenômeno doloroso que afeta todo o organismo e não somente a região onde ocorreu o trauma tecidual.

o que é a dor orofacial?

Dor Orofacial é um fenômeno doloroso que afeta os dentes, a boca e os maxilares.

As causas mais freqüentes para sua ocorrência são:

- cáries;
- doenças da gengiva (gengivites e periodontites);
- disfunções da articulação temporo-mandibular (ATM);
- neuralgia do nervo trigêmeo;
- certos procedimentos executados em consultório odontológico.

Tipos de Dor

- Dor Dental
- Dor dos Maxilares
- Dor na Boca
- dor provocada pelo Tratamento Odontológico

A dor dental é uma das mais sensíveis de todas as que atingem a espécie humana. Ela afeta não apenas o dente, mas toda a rede nervosa da região que o circunda. Porém, nem sempre é o dente o culpado pela dor: as cáries e as doenças da gengiva são as causas mais comuns para a queixa de tantos pacientes.

O dente possui uma camada externa dura, semelhante ao osso - o esmalte. Abaixo do esmalte, encontramos uma outra camada chamada dentina e, no seu interior, uma câmara oca (a polpa dental), onde chegam as terminações de vasos sanguíneos, responsáveis pela nutrição das células do local, e de nervos, responsáveis pela sensibilidade.

Tais terminações são ramificações de vasos e nervos maiores e mais espessos, que passam abaixo dos dentes e penetram nas raízes por um orifício localizado em sua extremidade. Um agente nocivo - por exemplo, uma bactéria -, que afete o dente e atinja a polpa dental, desencadeará uma reação inflamatória, que irá gerar o inchaço dos vasos e nervos. Esses passarão a exercer uma pressão muito forte no orifício por onde atravessam, na base da raiz dental. Com isso, o nervo será comprimido contra a parede da raiz, já que está localizado ao lado de um vaso sanguíneo que conduz sangue. Dá-se, por isso, o surgimento de uma dor latejante, pois a circulação do sangue pelo vaso comprime o nervo a cada fluxo sangüíneo que passa pelo orifício.

Por outro lado, o dente situa-se numa cavidade (alvéolo) no interior do osso inferior, chamado mandibular, e superior, o maxilar.Recobrindo o osso, encontramos a gengiva e, prendendo o dente ao osso em toda a extensão da raiz dental, existem os ligamentos periodontais.

É importante perceber que, para evitar a entrada de qualquer produto, substância ou microrganismo, que possam atingir a raiz, os ligamentos periodontais e o osso, a gengiva cola-se ao esmalte do dente, que é a única região exteriorizada. Na boca, existem milhões de bactérias - seres vivos microscópicos, que podem ser benéficos ou maléficos aos tecidos locais, assim como em outros órgãos do corpo humano. Essas bactérias em maior quantidade, e diante de uma queda nas defesas orgânicas do indivíduo, podem produzir as doenças do dente (cáries) e da gengiva (gengivites e periodontites). Tal funcionamento é muito semelhante ao do aparecimento de gripes e resfriados, sendo sua ocorrência variável de pessoa para pessoa.

A presença de cárie é identificada pelo aparecimento de regiões inicialmente brancas e opacas no esmalte, e que depois se tornam acastanhadas e formam cavidade ou buracos que vão destruindo o esmalte dental, a dentina e podem chegar à polpa dental. Quando isso acontece, ocorre uma das mais insuportáveis dores que afetam o ser humano: a dor da pulpite. A presença de doença gengival inicia-se com a inflamação da gengiva pela presença de restos alimentares e bactérias no espaço entre a gengiva e o dente, na região chamada colo dentário. A falta de higiene bucal e uma alimentação rica em açúcares oferece o ambiente ideal para as bactérias se reproduzirem e para a formação de uma película (placa bacteriana), que se adere ao esmalte dos dentes, próximo à gengiva. A manutenção dessa película - que vai se tornando mais dura pela deposição de sais minerais presentes na saliva -, quando em contato com a gengiva, cria uma zona de irritação constante, ocasionando a gengivite.

Tal inflamação caracteriza-se por inchaço, vermelhidão e dor na gengiva durante a escovação e, em estágios mais avançados, o descolamento dessa gengiva, na região do colo dentário, formando um espaço que se chama bolsa periodontal, entre o dente e a gengiva. Ocorre, nesses casos, a destruição do ligamento periodontal, fazendo com que o dente perca sustentação e amoleça. Se a higiene bucal desse paciente não for melhorada, e se continuarem os hábitos alimentares antigos, somados a defesas orgânicas reduzidas e a não consulta ao dentista, a gengivite evolui para periodontite, que é um estágio mais grave, mais doloroso e que leva à perda do dente afetado.

Nos casos de doença periodontal, a dor atinge a margem da gengiva, na região de colo dentário e, dependendo do número de dentes afetados, pode tornar-se generalizada.

Quando a gengiva descola-se do dente e apresenta recessão ou retração gengival, expõe a dentina, que é a camada mais sensível do dente. Essa exposição pode proporcionar a hipersensibilidade dentinária, uma sensação dolorosa desencadeada pelo frio, gelado, calor, e até mesmo pelo toque de uma escova dental.


A dor dos maxilares freqüentemente aparece por dois motivos: neuralgia do trigêmeo e disfunções da ATM.

Neuralgia do trigêmeo: dor intensa, que parece ser desencadeada por um gatilho ou um choque, que surge após algumas ações rotineiras, como engolir e escovar os dentes. Age em uma região específica e é semelhante à dor dental.

Disfunções da ATM: afetam todo o maxilar, seja superior ou inferior (mandíbula), articulações e músculos do pescoço. Geralmente a dor não é tão forte como a citada anteriormente, assemelhando-se a certas dores de cabeça.

As causa principais para seu aparecimento são problemas dentários de oclusão (fechamento bucal quando se encostam os dentes superiores nos inferiores ), estresse e bruxismo (ranger de dentes durante o sono).

A dor na boca manifesta-se num número mais reduzido de indivíduos e pode surgir posteriormente a problemas psiquiátricos severos, produzindo a chamada “dor fantasma”. Outras doenças presentes na cabeça e pescoço, como câncer bucal, sinusites, otites também podem produzir dor com repercussão em toda a boca, porém são muito mais difusas, tornando-se difícil identificar a região mais afetada.

Dor provocada pelo tratamento odontológico


A execução de determinados tipos de procedimento pelos dentistas - tais como cirurgias, tratamento periodontal ou da gengiva, restaurações de dentes atacados por cáries, colocação e manutenção de aparelhos ortodônticos, confecção de próteses, implantes dentários - pode funcionar como estímulo para sensibilizar os nervos naquele local e desencadear um estímulo doloroso, semelhante aos citados anteriormente.

Para evitar que isso aconteça , atualmente os dentistas dispõem de várias alternativas de alta tecnologia e eficiência - como técnicas específicas, equipamentos e produtos anestésicos, analgésicos, antiinflamatórios e outros -, que, utilizados antes, durante e após o procedimento, evitam que o paciente sinta o mínimo sinal da dor dental.

Felizmente, os profissionais da Odontologia atual estão capacitados para oferecer um tratamento odontológico eficiente, sem o desconforto da dor. Essa realidade contribui, e muito, para a satisfação de diversos pacientes, que ainda têm receio de ir ao consultório odontológico, pois, no passado, sofreram algum tipo de experiência desagradável ou souberam de tal possibilidade por relatos de amigos ou parentes.


Prevenção

Considerando-se as cáries e doenças periodontais como as causas principais para o aparecimento da dor dental, a prevenção deve estar dirigida, primordialmente, a essas doenças da cavidade bucal.

Os conhecimentos científicos atuais recomendam a simples tarefa de praticar a higiene bucal adequadamente, utilizando escovas, fios, cremes dentais, além dos enxagües bucais, como a mais eficiente maneira de prevenir o aparecimento de cáries e doenças periodontais.

É importante destacar que a saúde geral e a capacidade de defesa contra o ataque dos microorganismos também são fatores básicos para o complemento dessas atividades preventivas. Portanto, alimentação equilibrada, hábitos saudáveis, abstenção do fumo e prática de exercícios físicos são importantes auxiliares na a prevenção das doenças bucais.

Completando a relação de atitudes inteligentes e eficientes contra a dor e a perda dental, está a visita ao consultório odontológico - preferencialmente a cada seis (06) meses, pelo menos -, para uma avaliação preventiva do estado da saúde bucal.

Nunca devemos nos esquecer de que sentir dor dental e/ou repor um dente que foi perdido são experiências desagradáveis não só por afetarem a saúde geral, mas também por resultarem em procedimentos de alto custo, atingindo, também, o nosso “bolso”. Por isso, recomendamos a prevenção como a atitude mais inteligente para quem busca melhor qualidade de vida.

Tratamento

Infelizmente, algumas situações imprevistas podem ocorrer e propiciar o aparecimento da dor dental ou mesmo orofacial, como destacamos anteriormente. E aí, o que fazer?

A primeira e mais urgente atitude deve ser a busca de um consultório odontológico, de preferência daquele profissional em que você mais confia: a determinação da causa da dor é absolutamente necessária para a prescrição do tratamento mais adequado e eficiente, não só para controlar o sintoma desagradável, que é a dor, mas principalmente para resolver o problema que está produzindo esse estímulo nervoso.

Até que ocorra o atendimento profissional, existem alternativas de produtos farmacêuticos, disponíveis nas farmácias, que podem reduzir a intensidade da dor momentaneamente, porém não tratam da causa e, passado seu efeito, o desconforto voltará com a mesma intensidade. Os dentistas, quando procurados, poderão avaliar cada situação individualmente e tratar a causa de forma definitiva, no consultório, oferecendo a certeza de que aquela dor, tão desagradável, não mais voltará.

Produtos de tecnologia recente, como anestésicos, antiinflamatórios e analgésicos, além de equipamentos disponíveis nos consultórios, são excelentes auxiliares de que os dentistas podem se utilizar para prevenir e tratar episódios de dor aguda nos pacientes que procuram atendimento odontológico. Além disso, existem dentistas especializados em dor orofacial, e centros de diagnóstico de dor orofacial, a quem são encaminhados os casos mais complicados, de difícil resolução.

O medo da dor dental: uma doença e não um sintoma

No exterior, especialistas identificaram uma doença chamada “Medo da dor dental” (FDP : Fear of dental pain), que afeta uma grande parcela da população

Curiosamente, a dor é o principal motivo que leva as pessoas a procurarem o tratamento odontológico e, ao mesmo tempo, é grande o causador do medo que faz com que elas retardem, ao máximo, o retorno ao consultório odontológico.

Atualmente, entretanto, a Odontologia está plenamente capacitada a tratar qualquer pessoa no consultório, executando as mais modernas técnicas de reabilitação funcional e estética, de maneira totalmente indolor, uma vez que dispõe de técnicas, equipamentos e produtos reconhecidamente eficientes e seguros para a analgesia completa dos dentes, gengiva,maxilares e boca, que se prolonga até o período mais crítico do retorno dos pacientes às suas residências.

Os dentistas clínicos, especialistas e os centros especializados em dor orofacial, devem ser considerados como importantes aliados de todos, na prevenção e no tratamento de qualquer tipo de dor orofacial.

Do Portal Trate a Dor Dental.Com

Fonte: http://www.facanha.com.br/?op=paginas&tipo=pagina&secao=11&pagina=106


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