sábado, 26 de abril de 2014

Feridas de pé diabético costumam ser recorrentes

Feridas de pé diabético costumam ser recorrentes

18/04/2014

A melhor defesa, conforme asseguram os autores holandeses da pesquisa, é tratar ainda as lesões menores e proteger os pés da pressão e das lesões com calçado especial."Espero que os especialistas e outros profissionais da saúde utilizem esta informação na prática clínica", afirma o autor principal, Sicco Bus, cientista do Centro Médico Acadêmico da Universidade de Amsterdã."A recorrência das úlceras é uma complicação incapacitante, que eleva o risco de padecer outros problemas como infecções e a amputação de uma extremidade, além de reduzir a mobilidade e a qualidade de vida do paciente", adicionou Bus.
Com sua equipe, analisou os dados de um estudo sobre calçado especial para pacientes diabéticos com dano nervoso nos pés.Os autores se concentraram em 171 participantes que tinham tido uma úlcera nos pés pelo menos 18 meses antes do início do estudo. Todos eles foram avaliados a cada três meses para detectar novas úlceras e eles responderam sobre seus hábitos.Foi avaliada a pressão nos pés ao caminhar descalços e com calçado especial. Por uma semana, sensores nos sapatos registraram com que frequência os pacientes os utilizavam e quantos passos davam.Durante o estudo, 71 participantes desenvolveram úlceras nas plantas dos pés. Em 41 deles, a causa foi atribuída a um traumatismo não reconhecido, conforme publica a equipe na revista Diabetes Care.Desse subgrupo, aqueles que ao início do estudo tinham lesões menores eram nove vezes mais propensos a desenvolver uma úlcera.Frequentemente, as feridas apareciam no mesmo lugar que as úlceras anteriores, o que para os autores sugere que existiria pressão contínua ou uma lesão permanente nesse lugar.Os pacientes que utilizavam calçado personalizado para eliminar os pontos de pressão nos pés tinham 57 por cento menos risco de desenvolver uma nova úlcera que aqueles que usavam outro tipo de calçado."Alguns diabéticos convivem com as feridas nos pés como o fariam com um buraco na meia. Mas, em um diabético, esse buraco se infecta e, frequentemente, leva a amputação do pé", comentou o doutor David Armstrong, professor de cirurgia da Universidade de Arizona.A neuropatia "é um problema generalizado, silente e que não dói, mesmo havendo gangrena. Não é culpa do paciente, mas ninguém lhe presta atenção. Este estudo abre caminho à prevenção", explica Armstrong, que não participou do estudo.O efeito protetor do calçado personalizado observado no estudo demonstra os benefícios da atenção individualizada nos pacientes de alto risco, conforme comentou o doutor Lawrence Lavery, professor de cirurgia da Faculdade de Medicina de Texas e do Hospital Scott and White Memorial, em Temple.

Fonte: Reuters
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