terça-feira, 15 de abril de 2014

Biossegurança nas Ações de Enfermagem

Biossegurança nas Ações de Enfermagem


2. Prevenção de Infecções em Profissionais da Área da Saúde05
3. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)07
4. Precauções Padrão09
5. Processamento de artigos hospitalares12
6. Esterilização13
7. Desinfecção, Anti-sepsia e Assepsia16
8. Saúde e Segurança do trabalhador: Doenças ocupacionais16
1. Medidas Gerais de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar...02 BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE ENFERMAGEM
A INFECÇÃO HOSPITALAR é uma síndrome infecciosa (infecção) que o indivíduo adquire após sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Entre os exemplos de procedimentos ambulatoriais mais comuns estão: cateterismo cardíaco, exames radiológicos com utilização de contraste, retirada de pequenas lesões de pele e retirada de nódulos de mama, etc.
Para ser considerada infecção hospitalar, o paciente precisa estar internado a pelo menos 72 horas.
A manifestação da infecção hospitalar pode ocorrer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a internação. * FATORES PREDISPONENTES ♦ Pacientes imunodeprimidos;
♦ Lavagem incorreta das mãos, dos profissionais, acompanhantes e visitantes.
♦ Esterilização deficiente de instrumental cirúrgico.
♦ Técnicas incorretas e procedimentos invasivos.
♦ Limpeza deficiente de ambientes, materiais e roupas.
♦ Alimentos trazidos de fora do hospital.
♦ Flores e objetos trazidos de fora do hospital.
Baseando-se nesses fatores devem ser elaboradas ações preventivas, tais como: uso racional de antimicrobiano, controle de esterilização, desinfecção e limpeza, e bloqueio de transmissão pelos profissionais de saúde.
Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e
● LAVAGEM DAS MÃOS punhos,utilizando-se sabão/detergente,seguida de enxágüe abundante em água corrente.
A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares.
A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a
O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue ou fluidos corpóreos, secreções ou excreções. assistência a um único paciente, sempre que houver contato com diversos sítios corporais, e frente cada uma das atividades.
A lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos.
A decisão para a lavagem das mãos com uso de antisséptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado.
A lavagem das mãos com antisséptico é recomendada em: realização de procedimentos invasivos, prestação de cuidados a pacientes críticos, contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos.
dalavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar.
Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática
A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de forma a atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática.
● PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) ■ Tempo de internação abreviado.
■ Banho completo antes da cirurgia.
■ Tricotomia restrita ao local de incisão, quando necessário, imediatamente antes da cirurgia. ■ Fluxo adequado do Bloco Cirúrgico, com circulação mínima.
■ Equipe cirúrgica restrita.
■ Montagem correta das salas de cirurgia.
■ Paramentação completa (avental, gorro, luvas, máscara e propés)
■ Lavagem e antissepsia das mãos e ante braços da equipe cirurgica.
■ Secagem das mãos com toalhas estéreis.
■ Antissepsia do campo operatório.
■ Instrumental cirúrgico esterilizado.
● PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA ♦ Educação do corpo clínico e vigilância das infecções.
♦ Esterilização, desinfecção e manutenção de equipamentos e artigos.
♦ Interrupção da transmissão pessoa para pessoa – precauções de barreira.
♦ Lavagem das mãos.
♦ Vacinação de pacientes de alto risco para complicações de infecções pneumocócicas.
Evitar o uso de cateterismo vesical quando desnecessário. Lavar as mãos antes e depois de manipular o sistema. Empregar técnica asséptica e equipamento estéril.
Utilizar cateter de calibre adequado. Fixar a sonda para evitar movimentação. Usar exclusivamente COLETOR FECHADO. Evitar desconexão do sistema fechado. Manter a bolsa coletora de urina em nível inferior à bexiga. Esvaziar a bolsa coletora a intervalos de oito horas, no máximo, ou quando preenchidos 2/3 da sua capacidade. Higienizar a região perineal, com água e sabão, três vezes ao dia, ou quando necessário.
● CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES PERIFÉRICOS: ■ Lavagem e antissepsia das mãos antes de colocar as luvas estéreis.
■ Preferir veias de membros superiores.
■ Usar técnica asséptica para fazer a punção.
■ Fazer antissepsia do local a ser puncionado.
■ Realizar troca de cateteres e mudar o sítio de inserção a cada 72 horas, ou intervalo menor se indicado. ● CUIDADOS RELACIONADOS AOS CATETERES CENTRAIS: ♦ Selecionar o Cateter.
♦ Usar de preferência a subclávia.
♦ Usar técnica asséptica, incluindo avental, luvas e campos estéreis e máscara.
♦ Utilizar equipamentos com local próprio para infusão de medicamentos.
♦ Manter o sistema fechado durante a infusão.
♦ Usar o cateter para nutrição parenteral apenas para este fim.
♦ Trocar os curativos quando estiverem úmidos, sujos ou fora do local.
♦ Trocar o cateter apenas se houver suspeita de infecção relacionada ao cateter.
♦ Trocar todo o sistema em caso de flebite ou bacteremia.
Avaliar bem os pacientes internados; Treinar a equipe do hospital, orientando sobre os fatores de risco que podem levar à uma infecção;
Usar antibióticos , quando necessário; Comprar material de boa qualidade para a assistência médica; Esterilizar corretamente todos os materiais; Ter uma boa limpeza em todo hospital;
Uso de equipamento de proteção individual(luvas, óculos protetor de óculos, protetor de face, avental e outros.) nos procedimentos. Uso de profilaxia antimicrobiana antes da cirurgia.
O PROFISSIONAL DA ÁREA DA SAÚDE (PAS) pode adquirir ou transmitir infecções para os pacientes, para outros profissionais no ambiente de trabalho e para comunicantes domiciliares e da comunidade.
Deste modo, os programas de controle de infecção hospitalar devem também contemplar ações de controle de infecção entre os PAS. AS AÇÕES DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL, NO QUE DIZ RESPEITO AO CONTROLE DE INFECÇÃO, TÊM COMO OBJETIVOS: 1. Educar o PAS acerca dos princípios do controle de infecção, ressaltando a importância da participação individual neste controle; 2. Colaborar com a CCIH na monitorização e investigação de exposições a agentes infecciosos e surtos; 3. Dar assistência ao PAS em caso de exposições ou doenças relacionadas ao trabalho; 4. Identificar riscos e instituir medidas de prevenção; 5. Reduzir custos, através da prevenção de doenças infecciosas que resultem em faltas ao trabalho e incapacidade.
Para atingir os objetivos descritos anteriormente é necessário que o serviço de saúde ocupacional atue nas seguintes áreas: ● INTEGRAÇÃO COM OUTROS SERVIÇOS:
As ações do serviço de saúde ocupacional devem ser coordenadas com o serviço de infecção hospitalar e outros departamentos que se façam necessários. ● AVALIAÇÕES MÉDICAS: ♦ Admissional, com histórico de saúde, estado vacinal, condições que possam predispor o profissional a adquirir ou transmitir infecções no ambiente de trabalho; ♦ Exames periódicos para avaliação de problemas relacionados ao trabalho ou seguimento de exposição de risco (p. ex. triagem para tuberculose, exposição a fluidos biológicos).
A adesão a um programa de controle de infecção é facilitada pelo entendimento de suas bases. Todo pessoal precisa ser treinado acerca da política e procedimentos de controle de infecção da instituição.
A elaboração de manuais para procedimentos garante uniformidade e eficiência.
O material deve ser direcionado em linguagem e conteúdo para o nível educacional de cada categoria de profissional. Grande parte dos esforços deve estar dirigida para a conscientização sobre o uso do equipamento de proteção individual (EPI). ● PROGRAMAS DE VACINAÇÃO:
Garantir que o PAS esteja protegido contra as doenças preveníveis por vacinas é parte essencial do programa de saúde ocupacional. Os programas de vacinação devem incluir tanto os recém-contratados quanto os funcionários antigos.
Os programas de vacinação obrigatória são mais efetivos que os voluntários. ● MANEJO DE DOENÇAS E EXPOSIÇÕES RELACIONADAS AO TRABALHO:
Fornecer profilaxia pós exposição apropriada nos casos aplicáveis (p. ex.: exposição ocupacional ao HIV), além de providenciar o diagnóstico e o tratamento adequados das doenças relacionadas ao trabalho.
Estabelecer medidas para evitar a ocorrência da transmissão de infecção para outros profissionais, através do afastamento do profissional doente (p. ex.: pacientes com tuberculose bacilífera ou varicela). ● ACONSELHAMENTO EM SAÚDE:
Fornecer informação individualizada com relação a risco e prevenção de doenças adquiridas no ambiente hospitalar; riscos e benefícios de esquemas de profilaxia pós-exposição e conseqüências de doenças e exposições para o profissional, seus familiares e membros da comunidade. ● MANUTENÇÃO DE REGISTRO, CONTROLE DE DADOS E SIGILO:
A manutenção de registros de avaliações médicas, exames, imunizações e profilaxias é obrigatória e permite a monitorização do estado de saúde do PAS.
Devem ser mantidos registros individuais, em condições que garantam a confidencialidade das informações, que não podem ser abertas ou divulgadas, exceto se requerido por lei.
É a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado.
É um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes, naquela região ou tecido, de um paciente. Medidas terapêuticas que reduzem a resistência do indivíduo facilitam a multiplicação de bactéria em seu interior, por isso é muito importante, a anti-sepsia pré-cirúrgica.
É aquela causada por microrganismos estranhos a paciente. Para impedir essa infecção, que pode ser gravíssima, os instrumentos e demais elementos que são colocados na boca do paciente, devem estar estéreis. È importante, que barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam contaminados, pois não basta um determinado instrumento ter sido esterilizado, é importante que em seu manuseio até o uso ele não se contamine. A infecção exógena significa um rompimento da cadeia asséptica, o que é muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infecção exógena pode ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatite B e C.
PROCEDIMENTO CRÍTICO: É todo procedimento em que existe a presença de sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade. PROCEDIMENTO SEMI-CRÍTICO: Todo procedimento em que existe a presença de secreção orgânica (saliva) sem perda de continuidade do tecido. PROCEDIMENTO NÃO-CRÍTICO: Todo procedimento onde não há presença de sangue, pus ou outra secreção orgânica (saliva). Em Odontologia não existe este tipo de procedimento.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
A seguir, uma relação de alguns dos equipamentos de proteção individual, mais usados em estabelecimentos de saúde, como por exemplo:
1. PROTEÇÃO À CABEÇA : ● Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas; ● Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de partículas;
I – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)
● Óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos; ● Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, provenientes de poeiras e ● Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas.
2. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES: ♦ Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por: ♦ Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
♦ Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo; ♦ Materiais ou objetos aquecidos;
♦ Choque elétrico;
♦ Radiações perigosas;
♦ Frio;
♦ Agentes biológicos.
3. PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES: ■ Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados; ■ Calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos;
■ Calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos e
■ Calçados de proteção contra riscos de origem elétrica.
4. PROTEÇÃO DO TRONCO: ● Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em haja perigo de lesões provocadas por: ● Riscos de origem radioativa;
● Riscos de origem biológica e
● Riscos de origem química.
5. PROTEÇÃO DA PELE: ♦ CREMES PROTETORES – só poderão ser postos à venda ou utilizados como EPI, mediante o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego.
6. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA:
Para exposição a agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde do trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR15: ■ Respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras;
■ Respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde; ■ Aparelhos de isolamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior a 18% em volume.
* CONSIDERAÇÕES INICIAIS A partir da epidemia de HIV/AIDS, do aparecimento de cepas de bactérias multirresistentes (como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina, bacilos Gram negativos não fermentadores, Enterococcus sp. resistente à vancomicina), do ressurgimento da tuberculose na população mundial e do risco aumentado para a aquisição de microrganismos de transmissão sangüínea (hepatite viral B e C, por exemplo) entre os profissionais de saúde, as normas de biossegurança e isolamento ganharam atenção especial.
Para entender os mecanismos de disseminação de um microorganismo dentro de um hospital, é necessário que se conheça pelo menos três elementos: a fonte, o mecanismo de transmissão e o hospedeiro susceptível. ● FONTE: As fontes ou reservatórios de microorganismos, geralmente, são os profissionais de saúde, pacientes, ocasionalmente visitantes, ou materiais e equipamentos infectados ou colonizados por microorganismos patogênicos. ● TRANSMISSÃO: A transmissão de microorganismos em hospitais pode se dar por diferentes vias. OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO SÃO: ■ TRANSMISSÃO AÉREA POR GOTÍCULAS: Ocorre pela disseminação por gotículas maiores do que 5um. Podem ser geradas durante tosse, espirro, conversação ou realização de diversos procedimentos (broncoscopia, inalação, etc.). Por serem partículas pesadas e não permanecerem suspensas no ar, não são necessários sistemas especiais de circulação e purificação do ar. As precauções devem ser tomadas por aqueles que se aproximam a menos de 1 metro da fonte. ■ TRANSMISSÃO AÉREA POR AEROSSOL: Quando ocorre pela disseminação de partículas, cujo tamanho é de 5um ou menos. Tais partículas permanecem suspensas no ar por longos períodos e podem ser dispersas a longas distâncias. Medidas especiais para se impedir a recirculação do ar contaminado e para se alcançar a sua descontaminação são desejáveis. Consistem em exemplos os agentes de varicela, sarampo e tuberculose. ■ TRANSMISSÃO POR CONTATO: É o modo mais comum de transmissão de infecções hospitalares. Envolve o contato direto (pessoa-pessoa) ou indireto (objetos contaminados, superfícies ambientais, itens de uso do paciente, roupas, etc.) promovendo a transferência física de microorganismos epidemiologicamente importantes para um hospedeiro susceptível. ● HOSPEDEIRO: Pacientes expostos a um mesmo agente patogênico podem desenvolver doença clínica ou simplesmente estabelecer uma relação comensal com o microorganismo,tornando-se pacientes colonizados.
Fatores como idade, doença de base, uso de corticosteróides, antimicrobianos ou drogas imunossupressoras e procedimentos cirúrgicos ou invasivos podem tornar os pacientes mais susceptíveis às infecções.
AS PRECAUÇÕES PADRÃO são um conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de microorganismos nos hospitais e constituem-se basicamente em: 1. LAVAGEM DAS MÃOS:
2LUVAS:
1. Após realização de procedimentos que envolvem presença de sangue, fluidos corpóreos, secreções, excreções e itens contaminados. 2. Após a retirada das luvas. 3. Antes e após contato com paciente e entre um e outro procedimento ou em ocasiões onde existe risco de transferência de patógenos para pacientes ou ambiente. 4. Entre procedimentos no mesmo paciente quando houver risco de infecção cruzada de diferentes sítios anatômicos. * OBS: O uso de sabão comum líquido é suficiente para lavagem de rotina das mãos, exceto em situações especiais definidas pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH (como nos surtos ou em infecções hiperendêmicas). ♦ Usar luvas limpas, não estéreis, quando existir possibilidade de contato com sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e qualquer item contaminado. ♦ Mudar de luvas entre duas tarefas e entre procedimentos no mesmo paciente.
♦ Retirar e descartar as luvas depois do uso, entre um paciente e outro e antes de tocar itens não contaminados e superfícies ambientais. A lavagem das mãos após a retiradadas luvas é obrigatória. 3. MÁSCARA, PROTETOR DE OLHOS, PROTETOR DE FACE: - É necessário em situações nas quais possam ocorrer respingos e espirros de sangue ou secreções nos funcionários.
4. AVENTAL: ● Usar avental limpo, não estéril, para proteger roupas e superfícies corporais sempre que houver possibilidade de ocorrer contaminação por líquidos corporais e sangue. ● Escolher o avental apropriado para atividade e a quantidade de fluido ou sangue encontrado. ● A retirada do avental deve ser feita o mais breve possível com posterior lavagem das mãos.
5. EQUIPAMENTOS DE CUIDADOS AO PACIENTE: ■ Devem ser manuseados com proteção se sujos de sangue ou fluidos corpóreos, secreções e excreções e sua reutilização em outros pacientes deve ser precedida de limpeza e ou desinfecção. ■ Assegurar-se que os itens de uso único sejam descartados em local apropriado.
6. CONTROLE AMBIENTAL: Estabelecer e garantir procedimentos de rotina adequados para a limpeza e desinfecção das superfícies ambientais, camas, equipamentos de cabeceira e outras superfícies tocadas freqüentemente.
7ROUPAS:
● Manipular, transportar e processar as roupas usadas, sujas de sangue, fluidos corpóreos, secreções e excreções de forma a prevenir a exposição da pele e mucosa, e a contaminação de roupas pessoais, evitando a transferência de microorganismos para outros pacientes e para o ambiente.
* PREVENÇÃO DE ACIDENTES PÉRFURO-CORTANTES: ♦ Atenção com o uso, manipulação, limpeza e descarte de agulhas, bisturis e outros materiais pérfuro-cortantes. Não retirar agulhas usadas das seringas descartáveis, não dobrá-las e não reencapá-las. O descarte desses materiais deve ser feito em caixas apropriadas e de paredes resistentes. ♦ Usar dispositivos bucais, conjunto de ressuscitação e outros dispositivos de ventilação quando houver necessidade de ressuscitação.
A alocação do paciente é um componente importante da precaução de isolamento. Quando possível, pacientes com microorganismos altamente transmissíveis e/ou epidemiologicamente importantes devem ser colocados em quartos privativos com banheiro e pia próprios. * OBS: Quando um quarto privativo não estiver disponível, pacientes infectados devem ser alocados com companheiros de quarto infectados com o mesmo microorganismo e com possibilidade mínima de infecção.
A variedade de materiais utilizados nos estabelecimentos de saúde pode ser classificada segundo riscos potenciais de transmissão de infecções para os pacientes, em três categorias: críticos, semi-críticos e não críticos. ● ARTIGOS CRÍTICOS Os artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema, são classificados em artigos críticos. Estes requerem esterilização. Ex. agulhas, cateteres intravenosos, materiais de implante, etc. ● ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS Os artigos que entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito às camadas da pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos semi-críticos e requerem desinfecção de médio ou de alto nível ou esterilização. Ex. cânula endotraqueal, equipamento respiratório, espéculo vaginal, todos os tipos de sondas: sonda naso e orogástrica, vesicais, nasoenterica etc. ● ARTIGOS NÃO CRÍTICOS Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente são chamados artigos não-críticos e requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que se destinam ou do último uso realizado. Ex. termômetro, materiais usados em banho de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio, roupas de cama do paciente,etc. ► LIMPEZA
É o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os artigos, reduzindo a população microbiana. Constitui o núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos hospitalares.
A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfecção ou de esterilização, pois reduz a carga microbiana através remoção da sujidade e da matéria orgânica presentes nos materiais.
O excesso de matéria orgânica aumenta não só a duração do processo de esterilização, como altera os parâmetros para este processo.
Assim, é correto afirmar que a limpeza rigorosa é condição básica para qualquer processo de desinfecção ou esterilização. “É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar”
A ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS é a total eliminação da vida microbiana destes materiais . Caracteriza-se por um processo de destruição por meio de agentes físicos ou químicos de todas as formas de vidas microscópica. Um objeto esterilizado, no sentido microbiológico, está, completamente livre de microrganismos viáveis.
1. A FLAMBAGEM:
É a colocação de material sobre o fogo até que o metal fique vermelho * VANTAGEM: fácil execução
* DESVANTAGEM: Não é seguro , pode não esterilizar alguns tipos de bactérias pelo baixo tempo de exposição. Estraga o material.
2. CALOR SECO
Penetra nas substancias de uma forma mais lenta que o calor úmido e por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos , para que haja uma eficaz esterilização.
São utilizadas as estufas . Conforme o calor gerado recomenda-se um certo tempo: a 170 graus Celsius, são necessários 60 minutos. A 120 Graus são necessários 12 horas. * VANTAGENS: Não forma ferrugem , não danifica materiais .
* DESVANTAGENS: O material deve ser resistente a variação da temperatura. Na esteriliza líquidos.
3. CALOR ÚMIDO
É a exposição do material a vapor de água sob pressão, a 121ºC durante 15 min. É o processo mais usado e os materiais devem ser embalados de forma a permitirem o contato total do material com o vapor para permitir que a temperatura
do ar e melhor secagem
não seja inferior à desejada, permitir a penetração do vapor nos poros dos corpos porosos e impedir a formação de uma camada inferior mais fria. Podem ser usados autoclaves de parede simples ou de parede dupla, que permitem melhor extração
É muito usado para o vidro seco e materiais que não oxidem com a água (os materiais termolábeis não podem ser esterilizado por esta técnica). É utilizada ainda para esterilizar tecidos. ♦ INDICADORES QUÍMICOS: Mudam de cor consoante a temperatura.
♦ INDICADORES BIOLÓGICOS: Tubo com suspensão de esporos de bactérias resistentes que morrem quando exposto por 12 min. Ou mais a uma temperatura de 121ºC. Após um repouso de 14h, faz-se uma sementeira dos esporos , que deve dar negativa. * VANTAGENS: Fácil uso, custo acessível para grandes hospitais
* DESVANTAGENS: Não serve para esterilizar pós e líquidos.
4. QUIMICO: ●●●● GÁS ÓXIDO DE ETILENO:
O gás óxido de etileno é um produto altamente tóxico usado para esterilizar materiais . * VANTAGENS : Não danifica o material
* DESVANTAGENS: Danos ao meio ambiente quando manipulado erroneamente , alto custo , tóxico para o manipulador,requer aeração de 48 horas. Demorado.
utilizados para a desinfecção de instrumentos médicosIrritante das mucosas e
tóxico , necessita de cuidados especiais
Fornecido na forma de líquido a 25 ou 50% ,são pouco voláteis a frio e * VANTAGENS: Facilidade de uso
* DESVANTAGENS: Esterilização é tempo dependenteAlérgeno , tóxico e irritante,
Mycobactérias podem ser resistentes
5. ESTERILIZAÇÃO POR PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
O plasma é o quarto estado da matéria.É definido como uma nuvem de elétrons, partículas neutras, produzidas a partir da interação do peróxido de hidrogênio e um campo magnético.A esterilização com gás plasma combina peróxido de hidrogênio p/ gerar uma onda eletromagnética.
O plasma de peróxido não oxida o material, não degrada o corte, pontas,sulcos de instrumentais cirúrgicos. Seu produto final não é tóxico, não polui o meio ambiente e nem apresenta toxicidade para o profissional e nem para o paciente.
♦ AGENTE ESTERILIZANTE: Ampolas contendo: 1,8ml de H2O2 (água oxigenada) na forma líquida numa concentração de 58%.Que durante a fase da injeção passará da forma líquida para gasosa. ● STERRAD
Esterilização a baixa temperatura 45ºC, é uma alternativa de esterilização para materias termosensíveis. * VANTAGENS: rapidez, ciclo de 50’, ausência de resíduos tóxicos,fácil instalação, segurança. * DESVANTAGENS: alto custo dos insumos, câmara pequena, 100 litros.
1. VÁCUO: Nesta fase através da bomba de vácuo, é removido o ar de dentro da câmara de esterilização. 2. INJEÇÃO: Neste momento as agulhas perfuram as ampolas, fazendo com que passem de liquido p/ gás. 3. DIFUSÃO: O peróxido na forma gasosa se espalha por todo o material,é importante que todos os materiais estejam totalmente expostos para que o peróxido entre em contato com toda a superfície. 4. PLASMA: esterilização propriamente dita. 5. VENTILAÇÃO: Dura 1 minuto, o ar é filtrado p/ dentro da câmara do equipamento, igualando a pressão interna com a externa, possibilitando a abertura da porta. E os materiais estão prontos!
♦ CONTROLE DE QUALIDADE ■ INDICADOR PARAMÉTRICO: Relatório emitido ao término de cada ciclo onde são apresentados parâmetros de controle de esterilização.
■ INDICADOR BIOLÓGICO: - BACILLUS STEAROTHERMOPHILUS (forma esporuladas mais resistente aos esterilizantes físicos químicos.) ■ INDICADOR QUÍMICO:
Marcador de concentração ótima do peróxido no interior da câmara. ■ FITA INDICADORA:
Utilizada no interior das embalagens com manta de polipropileno. ■ FITA TESTE: Utilizada no fechamento das embalagens.
presentes num material inanimado através do uso de agentes químicos
Processo que consiste na destruição, remoção ou redução dos microrganismos
A desinfecção não implica na eliminação de todos os microrganismos viáveis, porém elimina a potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local tratado. O agente empregado na desinfecção é denominado de DESINFETANTE.
Consiste no mesmo termo usado à desinfecção, só que está relacionada com substancias aplicadas ao organismo humano, é a redução do número de microrganismos viáveis na pele pelo uso de uma substancia denominada de antiséptico .
Conjunto de meios usados para impedir a penetração de microrganismo, em local que não os tenha.
repetitivos e até definitivos
AS DOENÇAS OCUPACIONAIS são decorrentes da exposição do trabalhador aos riscos da atividade que desenvolve. Podem causar afastamentos temporários,
A maior incidência destas doenças ocorre na faixa dos 30 aos 40 anos, prejudicando a produtividade do trabalhador e podendo interromper sua carreira e desestabilizar a sua vida. As doenças ocupacionais são causadas ou agravadas por determinadas atividades.
A prevenção pode evitar que tanto os trabalhadores como os empresários se prejudiquem com as conseqüências das doenças ocupacionais. A recuperação pode ser demorada e cara. * AS POSSÍVEIS CAUSAS DO PROBLEMA
♦ AGENTES FÍSICOS (ruído, temperatura, vibrações e radiações) ♦ AGENTES QUÍMICOS (utilizados nas indústrias, podem causar danos à saúde).
♦ AGENTES BIOLÓGICOS (microorganismos como bactérias, vírus e fungos).
* COMO DIAGNOSTICAR O PROBLEMA Exame físico, ocupacional e complementares, conforme critérios médicos.
1. DOENÇAS DAS VIAS AÉREAS:
Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento.
2. PERDA AUDITIVA RELACIONADA AOTRABALHO (PAIR)
Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador.
3. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
● AGROTÓXICOS: Os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à saúde e ao meio ambiente.
● CHUMBO (SATURNISMO): A exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas).
● MERCÚRIO (HIDRARGIRISMO): O contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas.
● SOLVENTES ORGÂNICOS (BENZENISMO): Por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação.
4. LER E DORT - LESÃO PPR ESFORÇO REPETITIVO / DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO
Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros.
5. DERMATOSES OCUPACIONAIS
Também conhecidas como dermatites de contato, são alterações da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais.
São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo alergia.
6. STRESSE
O estresse e o excesso de trabalho podem variar desde mudanças no humor, ansiedade, irritabilidade e descontrole emocional até doenças psíquicas.
Geralmente, o estresse é causado por sobrecarga de tarefas e ausência de pausas para descanso e exercícios físicos. Ativar os músculos com exercícios diários, mesmo os de relaxamento, é um bom começo para se livrar do estresse.
Durante os exercícios, inspire o ar pelo nariz e solte pela boca, sentindo o oxigênio descer e o gás carbônico subir.
Ciência que estuda as relações entre o homem, seu trabalho, equipamentos e meio ambiente, a Ergonomia previne o surgimento de doenças ocupacionais durante o processo de produção de atividades. O objetivo é a adaptação do posto de trabalho, instrumentos, máquinas, horários e meio ambiente às exigências da função.
Ela facilita o desenvolvimento e o rendimento das atividades de trabalho. Todos devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo para perceber o início de qualquer desconforto, procurando, assim, adaptar as técnicas da ergonomia ao seu local de trabalho.
* SINTOMAS MAIS COMUNS, E QUE REQUEREM A PROCURA POR UM MÉDICO: 1. Cansaço excessivo 2. Desconforto após a jornada de trabalho 3. Inchaço 4. Formigamento dos pés e das mãos 5. Sensação de choque nas mãos 6. Dor nas mãos 7. Perda dos movimentos da mão
Cuide de sua qualidade de vida, procurando manter um melhor equilíbrio entre corpo e mente. Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana, tenha uma dieta balanceada e saudável e procure formas de lazer alternativas, que amenizem o estresse do dia-a-dia.
● Conforto é essencial para a prevenção. ● As operações de trabalho devem estar ao alcance das mãos. ● As máquinas devem se posicionar de forma que a pessoa
não tenha que se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com freqüência. ● A mesa deve estar posicionada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço para a movimentação das pernas. ● As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico para o quadril e encosto ajustável. ● Pausas durante a realização das tarefas permite um alívio para os músculos mais ativos. ● Durante estas pausas, se levante e caminhe um pouco.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABrSQAA/apostila-biosseguranca-nas-acoes-enfermagem


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